Na sequência de mandado de detenção emitido pelo Ministério Público, foi apresentado a primeiro interrogatório judicial de arguido detido, no dia 19 de janeiro, um indivíduo do sexo masculino, com 28 anos, indiciado da prática do crime de violência doméstica agravada, cometido na pessoa da sua ex-companheira.

O Tribunal considerou encontrar-se fortemente indiciado que o arguido, durante o relacionamento que manteve com a vítima, entre 2014 e julho de 2020, a molestou física, verbal e psicologicamente, inclusive na presença das duas filhas menores de ambos.

Para além disso, já depois de a vítima ter terminado a relação entre ambos, o arguido, a partir de julho de 2020, não aceitando a separação, perseguiu-a e assediou-a sistematicamente, sobretudo pelo telefone.

No dia 31 de dezembro de 2020, o arguido, que se encontrava a cumprir uma pena de prisão, em regime de permanência na habitação, com fiscalização por meios de controlo à distância, no âmbito de outro processo e por crime diverso, dirigiu-se, de carro, à residência da vítima, sita no concelho de Leiria, e tentou molestá-la fisicamente com um pau, tendo sido impedido por um terceiro de concretizar essa agressão.

Na sequência de promoção do Ministério Público, o Tribunal determinou que o arguido aguardasse os ulteriores termos do processo em prisão preventiva.

A investigação é dirigida pelo Ministério Público da Subsecção de Violência Doméstica da 2.ª Secção do DIAP de Leiria, com a coadjuvação do NIAVE do Comando Territorial de Leiria da GNR.